sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ricardo volta no Grand Slam de Berlim







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Ricardo sentiu fortes dores no abdômen nas oitavas de final do Campeonato Mundial, em Stare Jablonki (POL). Mesmo assim, chegou à final e conquistou a prata. No torneio seguinte, o Grand Slam de Gstaad (SUI) do Circuito Mundial, ainda com limitações nos movimentos, acabou campeão. Mas não dava mais para suportar e ele teve que parar. Ficou fora da etapa de Long Beach (EUA) e, recuperado, retorna às areias na próxima semana, em Berlim (ALE).


Mas, por não ter jogado na Califórnia, sua dupla com Álvaro Filho caiu do segundo para o quarto lugar no ranking. Como na Alemanha o Circuito Mundial chega justamente à metade do caminho, Ricardo, apesar de lamentar ter perdido uma etapa, sabe que ainda há tempo de lutar pelo título, que já conquistou por seis vezes na carreira: em 2000, ao lado de Zé Marco, e de 2003 a 2007, com Emanuel.

"Lesão como essa, de abrir o músculo, é apenas a segunda que tive como atleta. Na primeira, em 2009, foi no tríceps, quando fiquei um mês parado. Agora, foram apenas dez dias. Enquanto a seleção estava nos Estados Unidos, fiquei treinando em João Pessoa, mas sem saltar, ainda com receio, me doando ao máximo, mas me poupando. Não podia perder mais uma etapa. Fiz meu primeiro treino com salto em Saquarema, sacando e atacando, e nada senti. Fico feliz", disse Ricardo.

Com experiência de sobra, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas/2004, a prata em Sydney/2000 e o bronze em Pequim/2008, Ricardo tem a consciência de que o atleta nunca volta 100% após uma lesão, por testar seu corpo e se soltar aos poucos. Segundo ele, a confiança só vem novamente com os treinos. Ele afirma que ficar parado, desta vez, foi diferente por um motivo.

"Estávamos crescendo como equipe, vínhamos de dois grandes resultados seguidos e houve essa freada, o que dá uma esfriada. E logo num torneio importante como o Grand Slam, em que a pontuação é mais alta. Em Berlim, a partir de quarta-feira, vamos tentar recuperar os pontos que a gente não pôde conquistar em Long Beach. O objetivo, primeiramente, é manter a regularidade para continuarmos entre os cinco na briga pelo título, o que já é muito difícil", declarou.

No momento, o ranking está assim: 1º) Bruno Schmidt/Pedro Solberg (BRA), com 4.740 pontos; 2º) Janis Smedins/Samoilovs (LET), 4.300; 3º) Gibb/Patterson (EUA), 4.250; 4º) Ricardo/Álvaro Filho (BRA), 4.050; 5º) Dalhausser/Rosenthal (EUA), 3.800. Em Long Beach, etapa em que Ricardo esteve fora, os demais na briga pelo título pontuaram da seguinte forma: 800 pontos (1º lugar) para Dalhausser e Rosenthal; 560 (4º lugar) para Gibb e Patterson; 480 (5º lugar) para os letões; e 400 (9º lugar) para os líderes.

"Bom, para nós, que o time que ganhou na Califórnia estava bem abaixo da gente. E Pedro e Bruno, que ainda lideram, estão 700 pontos à nossa frente. É uma boa diferença, mas poderia ter sido pior. E eu também poderia ficar mais uma etapa fora, o que, graças a Deus, não vai acontecer. Tem muita competição pela frente ainda e vamos buscar", analisou Ricardo, que acompanhou seu parceiro Álvaro Filho jogar com Edson Filipe nos Estados Unidos.