segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ricardo vai disputar o Grand Slam de Berlim







vôlei de praia Ricardo (Foto: FIVB)

Após ficar fora do Grand Slam de Long Beach, por causa de uma lesão no abdômen, Ricardo retorna às areias nesta terça-feira ao lado do paraibano Álvaro Filho, em Berlim, na Alemanha. Mesmo com as fortes dores de Ricardo, a dupla chegou até a final do Circuito Mundial, em Stare Jablonki, na Polônia, e conquistou a medalha de prata. No torneio seguinte, o Grand Slam de Gstaad, na Suíça, ainda com limitações nos movimentos, ele acabou campeão.

Com a ausência de Ricardo, o paraibano Álvaro Filho jogou ao lado do capixaba Edson Felipe em Long Beach. Por isso, a dupla caiu do segundo para o quarto lugar no ranking. Apesar de lamentar ter perdido uma etapa, o jogador sabe que ainda há tempo de lutar pelo título, que conquistou seis vezes na carreira: em 2000, ao lado de Zé Marco, e de 2003 a 2007, com Emanuel.

- Lesão como essa, de abrir o músculo, é apenas a segunda que tive como atleta. Na primeira, em 2009, foi no tríceps, quando fiquei um mês parado. Agora, foram apenas dez dias. Enquanto a seleção estava nos Estados Unidos, fiquei treinando em João Pessoa, mas sem saltar, ainda com receio, me doando ao máximo, mas me poupando. Não podia perder mais uma etapa. Fiz meu primeiro treino com salto em Saquarema, sacando e atacando, e não senti nada. Fico feliz - disse Ricardo.

Estávamos crescendo como equipe, vínhamos de dois grandes resultados seguidos e houve essa freada, o que dá uma esfriada"
Ricardo

Com experiência de sobra, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), a prata em Sydney (2000) e o bronze em Pequim (2008), Ricardo tem a consciência de que o atleta nunca volta 100% depois de uma lesão, por testar seu corpo e se soltar aos poucos. Segundo ele, a confiança só vem novamente com os treinos.

- Estávamos crescendo como equipe, vínhamos de dois grandes resultados seguidos e houve essa freada, o que dá uma esfriada. E logo num torneio importante como o Grand Slam, em que a pontuação é mais alta. Em Berlim, a partir de quarta-feira, vamos tentar recuperar os pontos que a gente não pôde conquistar em Long Beach. O objetivo, primeiramente, é manter a regularidade para continuarmos entre os cinco na briga pelo título, o que já é muito difícil - declarou.

No momento, o ranking está assim: 1º) Bruno Schmidt/Pedro Solberg (BRA), com 4.740 pontos; 2º) Janis Smedins/Samoilovs (LET), 4.300; 3º) Gibb/Patterson (EUA), 4.250; 4º) Ricardo/Álvaro Filho (BRA), 4.050; 5º) Dalhausser/Rosenthal (EUA), 3.800.

- Bom para nós é que o time que ganhou na Califórnia estava bem abaixo da gente. E Pedro e Bruno, que ainda lideram, estão 700 pontos à nossa frente. É uma boa diferença, mas poderia ter sido pior. E eu também poderia ficar mais uma etapa fora, o que, graças a Deus, não vai acontecer. Tem muita competição pela frente ainda e vamos buscar - finalizou Ricardo.