Após o anúncio de que não jogaria mais ao lado de Bruno Schmidt, Pedro Solberg aproveitou a ausência na quarta etapa do Circuito Brasileiro, disputada no Guarujá (SP), para se recuperar de uma lesão na virilha. O carioca está de volta às areias da principal competição do vôlei de praia nacional ao lado do amigo Jorge, enquanto aguarda a estreia da nova parceria fixa. A dupla com Emanuel começa na próxima temporada, e Pedro não esconde a ansiedade por jogar ao lado do campeão olímpico.
- Eu acho que o nosso jogo se encaixa muito. Eu e o Emanuel temos características diferentes, mas isso é muito importante, porque se tivéssemos estilos muito parecidos não daria certo. Vai ser muito difícil essa adaptação, mas acho que vamos formar um time muito bom. Estou muito confiante, o Emanuel é um craque, um dos maiores atletas do Brasil e do mundo, sempre admirei muito o trabalho dele. É uma oportunidade muito boa para mim, eu estou muito empolgado e tenho certeza que ele também está - disse Pedro.
A parceria temporária com o paraibano Jorge fez bonito no primeiro dia de confrontos nas areias catarinenses. Convidado por Isabel Salgado, mãe de Pedro, o jogador de 37 anos morou na casa do amigo, no Rio de Janeiro, durante cinco anos. No entanto, os dois nunca haviam jogado juntos antes de São José. Na sexta-feira, eles venceram os duelos contra Bernat/Léo Vieira e Bruno/Hevaldo, e agora enfrentam Thiago/Oscar em busca de uma vaga nas semifinais.
- Quando você joga com alguém pela primeira vez, precisa estar com a mente aberta, porque é um estilo diferente de jogo, são muitas informações e técnicas diferentes. E eu e o Jorge estamos numa boa sintonia. Somos dois jogadores que atuam bem sob pressão, e a gente colocou uma pressão saudável aqui em São José. Eu voltei a treinar forte essa semana, e o meu objetivo é sempre vencer, claro. Eu vim para ser campeão. Nós viemos até aqui para ganhar essa etapa - avaliou Pedro.
- Eu conheço o Pedro há 16 anos. Fui fazer faculdade de Engenharia no Rio de Janeiro e morei na casa dele e da Isabel. Eu o levava para treinar, quando ele tinha apenas 12 anos, mas a gente nunca teve a oportunidade de jogar juntos. Nós nos consideramos como irmãos, e a Isabel é minha mãe. A gente veio aqui para se divertir, mas somos muito competitivos, e é claro que vamos brigar por esse título - completou Jorge, quarto lugar nas Olimpíadas de Pequim 2008, quando jogou pela Georgia ao lado de Renatão.
