sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Ágatha e Maria Elisa superam maratona para ir à semi em São Paulo






Maria Elisa contra a suíça Anouk Verge-Depre em São Paulo (Foto: Divulgação/FIVB)

Ágatha solta o grito, vibra e aponta para a torcida. Ela e a parceira Maria Elisa se entregaram em quadra. Não queriam deixar escapar de maneira alguma a chance de ir a uma semifinal de Grand Slam justamente em casa, em São Paulo. As duas arrancaram uma virada suada diante das suíças Forrer e Vergé-Dépré nas quartas de final. Isso depois de ter encarado dois jogos duros também nesta sexta-feira. Com os tropeços das compatriotas, elas são a única parceria anfitriã viva na disputa do Parque Villa-Lobos.

A maratona de Ágatha e Maria Elisa começou bem cedo, diante das americanas Summer Ross e Emily Day. A primeira, uma jovem promessa dos Estados Unidos, até tentou fazer frente às brasileiras, mas as donas da casa se concentraram nas retas finais dos sets e venceu por 2 a 0 (21/18 e 21/19). No fim da manhã, o duelo foi contra as holandesas Meppelink e Van Gestel e novamente Ágatha e Maria Elisa não deram chances as rivais (21/16 e 21/18).

Nas quartas de final, as suíças não se intimidaram com a torcida local e logo abriram vantagem forçando o jogo em Ágatha. Só que as brasileiras descobriram o caminho da vitória: Vergé-Dépré era o ponto fraco. Com seguidos erros da adversária, as brasileiras encostaram, mas não havia tempo para a virada (21/19). Ágatha e Maria Elisa mantiveram a reação e arrasaram na parcial seguinte (21/11). No tie-break, as suíças voltaram ao jogo. Era ponto lá e ponto cá. As brasileiras chegaram a engatar uma sequência de quatro pontos, mas as rivais buscaram.  Na raça, Ágatha aproveitou o segundo match point e fechou a partida com um bloqueio (16/14).

- Estou muito feliz. É meu primeiro ano com a Ágatha. Imprimimos o ritmo do jogo. Elas fugiram da característica delas, mas mudamos nosso jogo e induzimos elas a fazerem o que queríamos. Nós mantivemos a calma e fomos junto com a torcida. Estivemos sempre juntas na quadra. Ninguém nos pegava. Estávamos meio endiabradas, porque sabíamos a importância desse jogo contra um time que não tem resultados expressivos, mas que estava fazendo um bom torneio. Sabíamos que precisávamos de um algo a mais. Botamos nossa garra em quadra - disse Maria Elisa.

As duas, que jogam com parceiras diferentes no Circuito Nacional, agora encaram as alemãs Ludwig e Walkenhorst na semifinal deste sábado, com transmissão ao vivo do SporTV a partir das 11h - a entrada para as arquibancadas do Parque Villa-Lobos é gratuita.

- Vai ser um jogo difícil. Para quem for assistir vai ser muito legal. Não para nós. Gostamos de jogo 2 a 0, rapidinho (risos). Mas o pessoal quer ver rali e o Brasil ganhando no fim. Agora é só timão - disse Ágatha.