sexta-feira, 27 de março de 2015

Ricardo busca 1º título 'grande' com Emanuel após retomada






Ao lado do parceiro Emanuel, com quem faturou o ouro olímpico nos Jogos de Atenas-2004, Ricardo tem muito a ganhar caso confirme o favoritismo sobre Bruno e Hevaldo na etapa de Salvador do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, entre sexta-feira e domingo. Este pode ser o primeiro título da dupla em uma competição desde a retomada, em agosto do ano passado. Até o momento, eles ganharam apenas uma etapa do torneio, em Vitória, no mês em que selaram o retorno.

Para isso, basta que a parceria confirme presença nas quartas de final. Embora comecem a briga em desvantagem (somam 2.280 pontos, contra 2.320 dos oponentes), os medalhões não têm pontos a descartar, já que seu pior resultado foi uma pontuação zero em São José (SC), quando não participaram, pois Ricardo estava com uma inflamação no joelho direito.

Os atuais líderes do ranking nacional vivem situação diferente e perderão pelo menos 240 pontos. Para serem campeões, precisam vencer a etapa e torcer por um tropeço de Ricardo e Emanuel. Nenhuma outra equipe tem chances de título. No feminino, Larissa e Talita já garantiram a taça com uma rodada de antecedência.

Como trunfo da dupla, os finais de temporada já têm Ricardo como marca registrada. Assim como em 2014, ao lado de Márcio, o baiano vai ter a chance de se sagrar campeão em um ambiente para lá de familiar. Se ano passado o palco da conquista fora João Pessoa, onde o atleta mantém raízes desde 1997, desta vez o cenário será nada menos que Salvador, sua cidade natal. 

- Prefiro onde me faça vencer. Os amigos e familiares vão me seguindo. Salvador tem uma história bacana no vôlei. A Bahia sempre formou grande atletas. São as minhas duas principais casas. Seria um prêmio muito marcante - afirmou o atleta, quando questionado sobre o palco preferido.

 

Ricardo pode ainda atingir outra marca expressiva e se tornar o maior vencedor do Circuito na Bahia, à frente de Franco e Roberto Lopes. Hoje, eles estão empatados com três taças. As do baiano vieram em 2003 (em Feira de Santana), 2006 e 2011 (em Salvador). 

Aos 40 anos, Ricardo, que já jogou futebol pelo Bahia, mas, segundo o pai, "não teve persistência", busca conciliar uma agenda de viagens entre o Rio de Janeiro e João Pessoa para manter o sonho do ouro olímpico vivo. Atualmente, ele treina três semanas com o parceiro na capital fluminense e tira uma semana de folga na Paraíba após as competições. Em meio à correria, confessa que até deixa um pouco de lado a terra natal.

- A última vez que estive em Salvador foi no SuperPraia, ano passado. Nem no Carnaval, que era sagrado, pude vir esse ano, pois fiquei internado em Saquarema (risos). Mas, nesse momento, meus objetivos são maiores do que a folia - disse o pentacampeão brasileiro (2002, 2003, 2006, 2008 e 2013/2014).