Dono de três medalhas olímpicas no vôlei de praia, o veterano Ricardo acompanhou com atenção as denúncias de irregularidades na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Mesmo aguardando as investigações para fazer uma avaliação completa do caso, o atleta de 39 anos de idade e 2,00m de altura afirma ter sentido um baque com a notícia.
De acordo com a ESPN Brasil, empresas de dois ex-dirigentes da entidade recebiam R$ 10 milhões cada em comissões por um contrato de patrocínio assinado diretamente com o Banco do Brasil ainda na gestão de Ary Graça. A CBV contratou uma auditoria para investigar todos seus acordos e afastou Marcos Pina, um dos envolvidos no caso, do cargo de superintendente.
“É um baque, infelizmente. Até apurar, ver e rever se o que está acontecendo é certo ou errado, já saiu na imprensa e nas redes sociais. E até você tentar modificar isso, já se espalhou, fica uma imagem negativa”, disse Ricardo.
Pouco após as denúncias da emissora brasileira, Ary Graça, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), teve comunicada sua renúncia do comando da entidade nacional. Segundo ele, sua carta pedindo afastamento do cargo tinha sido entregue ao presidente Walter Pitombo Laranjeiras em dezembro e foi apenas comunicada em 15 de março na Assembleia geral da CBV.
Graça também negou irregularidades nos contratos e afirmou que as denúncias são “falsas imputações” de “covardes e invejosos que se acobertam no anonimato da fonte não revelada para manchar a honra de um vencedor”. A auditoria contratada para analisar os contratos da CBV é a multinacional britânica PricewaterhouseCoopers.
“Se realmente aconteceu algo errado, será muito triste para o nosso esporte, que é um dos mais vencedores do nosso País. Espero que isso possa se resolver porque não envolve só uma Confederação, envolve atletas, patrocinadores. Tomara que não suje a imagem de conquista do que os atletas fazem pelo nosso esporte”, lamentou o jogador.
