Vice-campeão olímpico em Londres-2012 no vôlei de praia, Alison se disse triste com o escândalo envolvendo a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Na sexta-feira (14), o presidente licenciado da entidade, Ary Graça Filho, 70, renunciou oficialmente ao cargo.
"É claro que ficamos surpresos com esse problema. Deixa triste, porque é muito dinheiro envolvido. Não são R$ 2 milhões, são R$ 20 milhões", enfatizou o jogador. "Mas eu sou atleta, tenho que me focar no meu trabalho. Mas deixa muito triste", completou.
Denúncias feitas pela ESPN Brasil comprovaram que a CBV pagou em milhões em comissões a empresas para intermediário negociações que eram feitas diretamente com patrocinadores, como o Banco do Brasil.
Apesar da renúncia, Ary Graça segue como presidente da FIVB (Federação Internacional de Voleibol), entidade que comanda desde 2012, quando venceu eleição e sucedeu o chinês Jizhonmg Wei.
Desde o ano passado, Walter Pitombo Laranjeiras, conhecido como Toroca, vice da CBV há cerca de 30 anos e também presidente da Federação Alagoana de vôlei, está no cargo de presidente da CBV devido ao licenciamento de Ary.
Críticas a compatriotas
Além de lamentar pelos atual momento da CBV, Alison também disse que os atletas brasileiros não estão preparados psicologicamente para aguentar a pressão de disputar uma Olimpíada em casa.
"Os atletas têm que se preparar para a mídia, a pressão e a evolução do esporte. Não é só achar que vai chegar no dia do jogo e ganhar na marra, vai ser necessário muito mais", afirmou. "No geral, sinto que os esportistas não estão preparados."
Alison disputa ainda neste sábado (15), ao lado de Bruno Schmidt, a final do torneio masculino dos Jogos Sul-Americanos de Santiago. Eles enfrentam os chilenos Esteban Grimalt e Marco Alfonso Grimalt, que são primos.