Das quatro duplas nas semifinais do torneio masculino do Grand Slam de Moscou (RUS) do Circuito Mundial, duas são do Brasil. E como elas não se enfrentarão, há uma grande chance de a decisão ser verde e amarela neste DOMINGO (25.08). É a experiência de Ricardo ao lado do jovem Álvaro Filho, atuais vice-campeões mundiais, e a força do veterano Emanuel, que estreia com sucesso a parceria com o talentoso Evandro, gigante de 2,10m, nas areias da capital russa.
Única dupla do país ainda invicta em Moscou, Emanuel/Evandro foi a única dentre as brasileiras a não precisar passar pela repescagem. Porém, aguardava nas oitavas de final o vencedor do duelo entre compatriotas para saber quem enfrentaria na sequência do torneio. Seria o seu até então parceiro, Alison, agora jogando com Vitor Felipe? Ou os atuais líderes do ranking, Bruno Schmidt e Pedro Solberg? Certo, mesmo, é que eles teriam uma parada dura pela frente.
E nesse encontro entre duplas da seleção brasileira, melhor para Bruno e Pedro. Mas não foi nada fácil desbancar a outra parceria formada pela técnica Letícia Pessoa. Depois de perderem o primeiro set por 21/17, os também atuais campeões brasileiros empataram a partida, com um 21/16, e levaram o jogo para o tie break. Num jogo muito equilibrado e com doses extras de emoção, fecharam em 24/22 e avançaram. Era hora, porém, de encarar outra parceria brasileira.
E, de novo, foram necessários três sets para definir quem continuaria na competição. Desta vez, Bruno e Pedro saíram na frente, vencendo apertado o primeiro set por 21/19. Mas Emanuel e Evandro resolveram mostrar que a parceria, apesar do pouco tempo de treino, está ajustada e motivada. E, como se já jogassem juntos há tempos, conseguiram se impôr e viraram o jogo (21/14 e 15/10), carimbando a vaga para as quartas de final, e com moral ainda mais elevado para encarar Kapa/McHugh (AUS).
E no duelo mais longo do dia, com 1h01 de duração, Emanuel e Evandro levaram o público e a comissão técnica da seleção ao delírio com uma das partidas mais equilibradas e emocionantes deste Grand Slam. O primeiro set, por exemplo, só foi fechado pelos brasileiros em 28/26. A dupla da Austrália praticamente devolveu o placar no segundo com um 26/24. Era impossível dizer quem levaria a melhor no tie break. Mas, acreditando em todas as bolas, o Brasil venceu por 16/14 e garantiu outra dupla na semifinal.
O dia para os Ricardo e Álvro começou com uma importante vitória sobre outra dupla da Holanda. Foi praticamente uma revanche da final do Campeonato Mundial, na Polônia. Desta vez, porém, deu Ricardo/Álvaro, que despachou Brouwer/Meeuwsen com uma vitória por 2 a 0 (21/18 e 21/11).
Uma vitória até certo ponto tranquila, assim como foi o jogo seguinte, contra Sidorenko e Dyachenko, do Cazaquistão, pelas quartas de final. Ricardo e Álvaro, que não tinham se apresentado bem na fase de grupos, com duas derrotas em três partidas, venceram com sobras, fazendo 2 a 0, parciais de 21/14 e 21/13. Nas quartas de final, Ricardo e Álvaro Filho derrotaram os holandeses Stiekema e Varenhorst em outro grande jogo: 2 a 1, de virada, parciais de 18/21, 21/19 e 15/13 garantindo a vaga na semifinal.