terça-feira, 11 de novembro de 2014

Maria Elisa comenta título mundial e projetos para 2015









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Campeã com três etapas antecipadas para o fim do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2014 e vice-campeã brasileira de 2013 ao lado da parceira Juliana, a resendense Maria Elisa Antonelli comemora a boa fase e projeta novos títulos para o futuro. A dupla que demonstra cada vez mais afinidade superou as adversidades como as normas da Confederação Brasileira de Volei (CBV) e o rodízio de parcerias entre o circuito mundial e o nacional, em 2013. Somente atletas da seleção brasileira podiam jogar o mundial e Juliana estava ausente do selecionado brasileiro, fazendo com que a convocada Maria Elisa disputasse o mundial ao lado de Ágatha. No circuito nacional o time era formado com Juliana. O sistema prejudicou a evolução da dupla oficial e fez de Maria Elisa, a Embaixatriz do Esporte em Resende, a atleta que mais treinou e jogou oficialmente pela seleção em 2013.

Na avaliação da atleta o tempo para acertar o entrosamento com Juliana foi o grande obstáculo na trajetória até o título mundial. "Muitas coisas aconteceram em 2013 e 2014 no voleibol mundial e brasileiro, várias mudanças na qual alguns atletas foram muito prejudicados, principalmente, eu e a Juliana. Juliana foi cortada, impossibilitando-a de jogar o circuito mundial ao meu lado em 2013. Atuamos juntas apenas no brasileiro, dificultando o nosso ritmo de entrosamento, já que iniciamos a parceria em janeiro de 2013. Fiz poucos treinos com a Juliana, no ano passado, e conseguimos o vice-campeonato brasileiro, perdendo apenas por 40 pontos para um time que já era formado há três anos (Ágatha e Bárbara Seixas)", comenta a jogadora, lembrando de uma lesão. "Houve também uma falta de cuidado comigo, ano passado, por ser uma atleta olímpica, vivendo um ano pós-olímpico no qual o importante era curar lesões e me preparar melhor para os outros três últimos anos mais intensos. Acabei sendo a jogadora que mais treinou e mais jogou pela seleção brasileira em 2013 agravando algumas lesões", observa.

Em 2014, com o fim da seleção brasileira e a mudança de coordenação técnica Juliana e Maria Elisa tiveram senso de superação até consolidar o trabalho com a técnica Letícia Pessoa. "A seleção brasileira foi desfeita pela CBV, em seguida ficamos sem time em Fortaleza porque eles (a comissão técnica anterior) decidiram seguir outro caminho e optamos por começar um novo trabalho no Rio de Janeiro com a técnica Letícia Pessoa. E foi aí nosso grande salto, conseguimos nela o que faltava para este time crescer mais, ela acreditou mais que tudo, correu atrás do que tinha de melhor para nós em termos de estrutura e foi nossa parceira dentro e fora das quadras. A conclusão foi o título mundial", frisa.

O título antecipado foi uma conquista na carreira das atletas. Maria Elisa observa que a desistência das duplas adversárias com certeza ocorreu pelo fato de ser quase impossível alcançar as líderes do ranking mundial. "Isso fez com nossa vitória, o título tivesse um sabor mais especial ainda, conseguimos ser campeãs antes mesmo de acabar o circuito deixando as adversárias desacreditadas. Podendo então descansar três etapas e pensar em nos cuidar para 2015. Os críticos entendidos de esporte sabem o motivo destes times terem desistido, os não entendidos eu nem escuto", argumenta.

Com o título mundial garantido Juliana e Maria Elisa tentam melhorar sua colocação no ranking nacional e superar a dupla sensação até o momento, formada justamente por suas ex-companheiras: Talita e Larissa. "A Talita é uma adversária como qualquer outra, entro para dar meu melhor sempre contra ela, assim como ela contra mim. A diferença que eu tenho um carinho especial por ela fora de quadra, como tenho com todas minhas ex-parceiras", disse. .